Me falta ar. Não sinto o chão debaixo dos meus pés, me sinto caindo, rapido demais. Derrepente, volto a respirar, doloridamente, como se tivessem agulhas penetrando em meus pulmões, junto com o ar.
Meus olhos ardem, ardem muito. Estão quase desidratados e não cansam de serem lavados por essa água salina, que escorre por toda minha face.
Estou larga ao chão do banheiro. Minhas pernas amoleceram e não conseguem mais suportar o peso do meu corpo.
A luz, se apagou voluntariamente. Não encontro a saída. Estou aqui, onde está tudo apagado à minha volta.
Não lhe culpo, não me culpo. Não foi um erro seu, tão pouco meu. Só quero uma nova chance, um nova chance pra mim mesma.
Não ha nada errado, não ha debito, nem devedor. O amor é um ingrato, que se retira da mesa de jantar, antes do fim da refeição.